11 de novembro de 2008

DVD com 12 cenas excluídas!

Depois de divulgar as cenas de bastidores, o site Collider fez uma entrevista com a Catherine Hardwicke, a diretora do filme. Super simpática, ela contou que já começou a trabalhar no DVD e que ele terá 12 cenas que não entraram na versão do cinema!
Além disso, contou um pouco sobre o processo dos testes para o elenco, as locações e sobre digirir a adaptação de Lua Nova.

Essa entrevista foi uma como uma coletiva de imprensa, cada jornalista perguntava uma coisa e a Catherine respondia todos.

Então, você provavelmente deve ser a única pessoa envolvida com o Crepúsculo que pode andar pelas esquinas sem ter que se preocupar, né?
Catherine: (rindo) Tá falando que eu fico nas esquinas?

Não, não.
Catherine: Ok. Bem, obrigada. Tenho alguns comentários sobre você também. Sim. Não, não não. É legal. Quer dizer, é bem maluco para todos os atores. Mas tenho alguns imitadores na internet também. Já viu as pessoas que ficam me encenando? Imitam o jeito como eu dirijo.

Sério? É fenômeno no youtube?
Catherine: É, se você for lá… e eles fazem em todos os trailers. (risada) É coisa de doido. E tem as cenas de bastidores também.

Verdade?
Catherine: Sim.

Eles são bons em te imitar?
Catherine: Ah, eu? Olha, um deles é excelente. Sim.

Eu queria te perguntar: esse filme é muito casto. Não estou familiarizado com o livro, mas eu sei que tem um pouco mais de toques e mais beijos e esse tipo de coisa no livro do que no filme. Ou estou errado?
Catherine: Você acha? Mais alguém conhece o livro? Não acho que seja verdade, mas…

Um pouco mais de beijos.
Catherine: É. Bom, o livro tem mais de 500 páginas. E você pode dizer casto, ou pode falar de outro jeito: tensão sexual. SABE? É isso que eu acho que é um pouco mais interessante, porque eles estão sempre tentando ir ao limite, e se se empolgarem demais, ele vai te matar. Então, é.

Falando nisso, saiu na internet que a autora, talvez, tenha feito você maneirar na cena do beijo.
Catherine: É, ela achou que o jeito que nós filmamos a cena do beijo era um pouco sensual demais. Porque eu filmei o quarto todo, no geral, então acabei filmando com uma outra câmera, usando closes mais íntimos. O que, na verdade, eu ainda acho que ficou bem sensual. Mas é um pouco mais íntimo.

Em qual ponto do processo você percebeu que esse projeto ia ficar tão grande quanto está agora? Especialmente com os fãs na internet.

Catherine: Sabe, há 1 ano e uns nove meses, dez meses foi quando eu comecei o projeto. E já nesse época tinha bastante gente seguindo pela internet. E sabe, as pessoas amaram, estavam fazendo os próprios trailers e pôsteres, então eu sabia que as pessoas gostavam. Só que eu acho que não era nenhum pouco o que é hoje. Quer dizer, só tinham saído dois livros. Então começou a crescer, crescer e crescer. Aí as pessoas já estavam loucas.

Isso causou algum impacto em você, te influenciou? Porque isso aconteceu enquanto você estava fazendo o filme. Que dizer, a pressão começou a atrapalhar?
Catherine: Bem, quer dizer… na verdade, quando você é um diretor, ou faz filmes, ou é um músico, nós temos nossa própria pressão, a que colcamos em nós mesmos, para fazer com que fiquemos a vontade e tranformar o filme no melhor que se possa ficar. Então isso já era mais pressão do que qualquer um podia colocar em mim. Meus próprios padrões. E como diretor, você está trabalhando duro. Quer dizer, você tem um bilhão de tarefas, até dez dias atrás eu ainda estava trabalhando no filme, e trabalhando muito, 24 horas por dia, 7 dias por semana. Então só tentei fazer o melhor com o que eu tinha e não me preocupar com outras coisas. Só fazer o melhor possível.

Pode dizer algumas coisas sobre as refilmagens? A Entertainement Weekly disse que a revelação sob a luz do sol foi refilmada ou refeita. E outra cena de beijo.

Catherine: Bom, não foi refeita. Então não, não é verdade. Não acho que eles disseram isso, porque eu li a Entertainemet Weekly, mas a cena da clareira? Nunca filmamos na clareira enquanto estávamos em Oregon, ou qualquer coisa que se parecesse com uma clareira. E para mim, eu sempre falava para o estúdio: “O sonho da Stephenie veio de uma clareira, então eu quero fazer uma cena numa clareira, por favor…” E nós conseguimos fazer isso, foi como cena nova, não uma refilmagem. Foi uma parte nova da clareira, onde você vê os dois deitando e flores e tal. Então foi um cena nova.

Foi por causa do orçamento que você ainda não tinha feito?
Catherine: Foi por causa do orçamento e das logísticas, porque só tínhamos 44 dias para fazer o filme e muito pouco para um filme como esse. Quero dizer, você sabe, se você comparar um orçamento de 37 milhões com um de 150 milhões como o do Harry Potter, você pode entender um pouco o meu problema com a logística. E tínhamos que ficar perto de Portland todos os dias, ou no máximo 1 hora de viagem de lá. E procuramos muito, tentamos achar o melhor lugar para a clareira e nada prestava. O melhor lugar que conseguimos estava coberto com 5 metros de neve. Então pensamos, ah não. Finalmente fizemos uma clareira no Griffith Park aqui. Compramos a grama, as pedras e o musgo das árvores.

Eu estava conversando com o Peter Facinelli antes e ele disse que o que o atraiu para o projeto foi a sua paixão pelo material e o fato que você estava tão empenhada com ele. O que a atraiu ao projeto, em primeiro lugar?
Catherine: Bom, quando eu li o livros, eu só… ok, você pode olhar para o livro de modo crítico ou então se deixar levar por ele. E eu me deixei levar, me deixei ficar obsessiva, me apeguei aos detalhes e passagens e me apaixonei. Dá pra ficar quase hipnotizado e intoxicado só de lembrar como foi, e espero que ainda seja assim para todos, quando se apaixona loucamente por alguém e fica meio obsessivo. E pensei, seria tão legal criar esse mundo de obsessão na telona. Entende? Foi disso que eu gostei. Ah, da obsessão perigosa também.

Essa do brilho no sol, foi muito difícil? Fez muitos testes?
Catherine: Oh, demais! Isso foi difícil porque você olha para a história do cinema e se pergunta: como Arnold Schwarzenegger ficou como o Sr. Gelo no filme do Batman, assustador? Pouca maquiagem que brilha. E depois o Surfista Prateado. Olha para todos que já tentaram fazer esse efeito antes. E dá medo. Então comecei a procurar por cristais e coisas da natureza e brilhos coloridos e descobrir como ficaria bom. E tivemos 10 empresas de efeitos especiais ajudando. A maioria deles, nãaaao! Porque tem uma contradição no livro. Ela diz que ele está coberto de diamantes, né? E diamantes são lapidados, e é isso que os faz brilhar e quando você tenta fazer isso no cinema, fica parecido com acne, né? E também fala no livro que ele é liso como mármore. Então quando eu tentava resolver isso, pensava, ai não. Aí a ILM [a empresa do George Lucas] chegou com uma coisa bem mais interessante e fui lá muitas vezes. Três vezes diferentes, sentei lá com os artistas: “Vamos tentar mais disso. Vamos fazer aquilo. Trabalhar nesse outro.” Então foi um preocesso longo. Muito longo.

Como foi ir de filmes que estão cravados na realidade e acontecimentos reais, coisas assim, para um com um lado totalmente fantástico? Estava ansiosa para trabalhar com isso? Houve algum desafio que você decidiu tomar primeiro?
Catherine: Bem, sabe, meu histório, eu era arquiteta, artista e animadora, então quando fui para a Escola de Los Angeles de Cinema, estava no departamente de animações, todo fora desse mundo e mais na imaginação. Então isso foi o que eu sempre fiz… meu primeiro trabalho foi com o Tim Burton, fazendo pequenas esculturas e coisas assim. Então eu sempre gostei disso. E também eu trabalhei bastante em efeitos especiais quando eu mudei, eu amava aquele mundo, mas nunca tive muita oportunidade. Na verdade, no meu último filme, tive bastante efeitos especiais. Então, sim.

Estou curioso, sei que você acabou de voltar da pós-produção e tenho certeza de que ainda não está pensando sobre isso, mas o que podemos esperar no DVD?
Catherine: Na verdade, eu já comecei a trabalhar no DVD. Juntamos todas as cenas deletadas e extentidas, então tem algumas, tipo 12 ou algo assim. Aí fiz umas montagens com outras coisas loucas, como mais beijo entre vampiros, mais mordidas. E mais “travessuras de humanos”. Também fiz um vídeoclipe bem legal, tipo um remix da Bella’s Lullaby e outras coisinhas que você pode gostar.

Falando em cenas deletadas, tenho certeza que os fãs querem saber, quanta coisa foi tirada do filme? São coisas dos efeitos especiais ou cenas com diálogo? Pode contar um pouco sobre o que você cortou?

Catherine: Bom, por exemplo a lanchonete. Sabe, o primeiro dia depois da escola, onde você vê a Bella e o Charlie conversando sobre o reencontro esquisito deles. Essa cena era duas vezes maior quando nós filmamos. Então meio que atrasava o filme… ainda é bem legal, mas diminuía o ritmo. (ela faz um som de corte) Então nós colocamos a cena todo no DVD. Tem outra cena, quando a Esme e o Dr. Cullen comentam como a Bella trouxe o Edward para a vida, e era bem no meio da sequência do topo das árvores, e você ficar com o Edward e Bella naquela hora. Então verá essa cena também. E tem mais coisas com os vampiros maus também. Mais beijos e mordidas, nha nha nha.

Vai ser uma versão extendida ou vai ter uma seção especial para as cenas deletadas?
Catherine: Uma seção separada, porque eu sinto que o que nós temos no filme são as coisas certas. Não queria que ficasse diferente do que já está. Não acho certo.

Quando se tratou do elenco e a reação dos fãs, você achou que ia acontecer algum tipo de tiro sair pela culatra, não importa quem você chamasse?
Catherine: Sim.

Então como você guiou os atores através desse período do ego, de: “todos na internet me odeiam, não me vêem como o personagem.”
Catherine: É, eu falei com umas pessoas que estiveram envolvidas no Homem-Aranha, tipo o Thomas Hayden Chuch. Ele foi chamado para fazer o Homem-Aranha 3 ou outro, e me disse que as pessoas surtaram. “Como pode, aquele gordão e blá blá blá.” Ele disse: “olha, você tem que seguir em frente. E uma vez que eles virem o que você está fazendo, vão ficar bem…” Eu contava para o elenco essas histórias, e disse: “não veja nada, não leia nada” e o Robert disse: “mas a minha mãe me manda essas coisas…” Valeu mãe. Mas na verdade, ele quis trabalhar melhor e mais. Quer dizer, talvez seja assim que se lida com essas coisas. Não sei.

Pode contar sobre o que fez você confiar no seu instinto sobre os atores principais? O que te fez dizer, “eu sei que isso vai funcionar”?
Catherine: Ah, tudo bem. Primeiro de tudo, eu tinha olhado para todos. Até pessoas que os fãs sugeriram. Nós tentamos contatá-los. Eles estão com a idade certa? Estão interessados, disponíveis? Quando isso foi feito, eles eram bonitos pessoalmente ou só nas fotos? Mas nós tentamos falar com todos que os fãs sugeriram, mas as sugestões eram ruins, de verdade. Podiam ter sido originais. O Brad Pitt está um pouco velho para frenquentar o colegial… (risada) Me senti confiante que já tinha falado com todo mundo e um milhão de pessoas a mais então soube que as escolhas estavam por aí. E depois que eu vi o Rob e a Kristen eu nem falei sim ali, no quarto. Tive que olhar meu vídeo e pensar por um ou dois dias, um pouco de distância. Como que isso fica na tela, não só no set? E me senti muito bem com a coisa toda.

Você pediu a opinião da Stephenie? Ela teve alguma influência?
Catherine: Acho que ela sabia. Acho que um dos executivos estava falando para ela sobre as pessoas que eu entrevistava. Mas ela, eu acho, confiou no meu julgamento ou qualquer coisa assim. Sim. Mas ela não estava no quarto ou nada assim.

O que especificamente você viu quando pensou em Kristen e Rob?
Catherine: Bem, quando eu vi a Kristen, eu amei o trabalho dela no “Na Natureza Selvagem”. Só a imagem dela, sentada naquela cama, no trailer, aquela nostalgia. Tão palpável, e as emoções dela eram tão fortes e ela podia trazer aquilo pro filme. Achei que era ótimo. Então eu praticamente já tinha ela antes mesmo de ir até Pittsburgh e passar o dia trabalhando com ela. Senti que ela ia ser ótima. E tem a coisa da química, e ele funcinou com ela. Aí quando Rob e Kristen estavam juntos, sabe, dava pra sentir no quarto. (risada) Deu até medo. Mas foi legal, sabe?

Algum interesse em fazer a sequência?
Catherine: Iria amar fazer a sequência. Já leu o segundo livro?

Sim.
Catherine: Então, provavelmente vai custar o dobro do que o primeiro. Temos os efeitos dos lobisomens… a lista sobe rápido. Entãoe sse tem que fazer bastante sucesso de bilheteria para o segundo ser possível, então não vou sair por aí comprando carro novo ainda. Vamos ver como as coisas saem. Vejamos.

Mas você gostaria de fazer?
Catherine: Bom, vamos ver. Ainda tenho algumas semanas. Vamos ver o que acontece.

É realmente interessante, tirando os efeitos desse projeto, que você tem uma queda por histórias de adolescentes, igual “Aos Treze” e mesmo “A História do Natal”.
Catherine: É, com 16 anos.

O que te atrai nesse tipo de projeto?
Catherine: Bom, acho que quando as coisas mais legais acontecem. De repente você tem peitos. De repente você quer beijar um menino ou uma menina. De repente você pode beber e dirigir um carro, ou retrucar o que seus pais falam. De repente todas essas coisas acontecem e você tem que começar a entender o que é como pessoas e o que está fazendo. Se eu sou legal ou se sou chato ou se sou nerd. Então tudo está acontecendo com você, e dá um bom drama. E algo como esse tipo de transformação, de um jeito, ainda estamos todos passando por isso, porque a cada dia temos que nos reinventar. Acho que é demais, uma época bem bacana.

Qual você acha que é o segredo do apelo sexual de Rob Pattinson? Não como Edward, mas como Rob.
Catherine: Ah, ele é uma pessoa fascinante. Já se encontraram com ele?

Não.
Catherine: Ele leu um grupo bem eclético de livros e histórias e romances, e as músicas que ele gosta e as coisas que ele procura. É uma pessoa única (risada) E sabe, ele tem um dom, ele pode sentar e começar a tocar piano ou violão e uma coisa sai dele que não sai de nenhuma outra pessoa no mundo, ele é único. Coisas que você verá depois se ele conseguir chegar vivo aqui. Ele é especial. (risada)

A história da Entertainement Weekly fez parecer que ele esatava ficando muito obsessivo com o papel. É verdade?
Catherine: É, as vezes isso era verdade. Acho que eu falva isso de vez em quando, e isso é verdade, tenho que dizer, Rob, temos que fazer a coisa todo de uma vez, quando ensaiamos. Não páre na primeira frase ou na primeira palavra. As vezes você tem que tentar algo e ver se funciona bem ao invés de ficar tentando adivinhar. Então foi isso que eu tentei. Fazê-lo tentar e depois olhar como ficou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Páginas