6 de novembro de 2008

Elenco na Vanity Fair de Dezembro

A revista Vanity Fair fez um editorial com quase todos os atores do filme.
Além das fotos, tem um artigo falando das séries de vampiros, comparando as produções do filme do Crepúsculo com a série da Buffy. Para ler a tradução, é só clicar no mais informações aqui em baixo.
E e também um vídeo dos bastidores do editorial, que eles liberaram.




A Zona Crepúsculo

Mesmo com todos os esforços de Buffy, os vampiros estão furando com os dentes cada vez mais fundo na cultura da geração mídia. Com o dilúvio lucrativo de livros, mais a série da HBO True Blood e agora nesse mês Crepúsculo, um filme baseado na série de tremendo sucesso de Stephenie Meyer, que já vendeu milhões de cópias só nos EUA. Uma Kristen Stewart surpresa interpreta a inocente mortal para o rebelde imortal Robert Pattinson, a autora explora as mensagens escondidas dessa invasão de sugadores de sangue.

É como se todas as atividades depois da escola da Buffy, a Caça-Vampiros foram em vão. Por sete temporaras, a heroína Buffy Summers de Sarah Michelle Gellar perseguiu e cravou a estaca em quase todas as cabeças com caninos ameaçadores e expostos que circulavam por névoas de cemitérios e pelas sombras de clubes noturnos de Sunnydale, uma missão que chegou ao climax com o episódio final da série, a revelação do Armageddon onde as forças da luz, em menor número, enfrentaram a legião das trevas, e depois de muito esforço, saíram despedaçados mas vitoriosos. E aqui estamos, só alguns anos após Buffy ter aposentado sua estaca, olhando esses novos filhos de Drácula. Talvez essa nova onda de vampiros represente uma cultura pop que está secando – secando no sentido de esgotando as idéias para o gênero – ou talvez testemunhe o poder da criação da sensibilidade gótica para trazer de volta o medo da noite. Um grupo de vampiros estão concorrendo no mundo da literatura, como as aventuras de Buffy em forma de livros, Vampire Academy, The Morganville Vampires, Vampire Kisses, The Vampire Diaries, Anita Blake: Vampire Hunter e Southern Vampire Mysteries de Charlaine Harris, sendo esse último a inspiração para a série True Blood, adaptada por Alan Ball (que também fez A Sete Palmos, deixando claro que sua coisa é pro lado dos mortos mesmo). Mas a medalha de ouro, indiscutivelmente vai para a saga Crepúsculo da Stephenie Meyer, um sucesso dos sugadores de sangue que ajudou a preencher o vazio deixando pelo Harry Potter de J.K. Rowling. Comercialmente, a saga Crepúsculo fez uma transfusão de sangue nas publicações de livros, com vendas chegando a sete milhões em todo o mundo; também é uma sensação global, traduzida em 20 línguas. As propriedades físicas dos livros talvez expliquem sua popularidade. São grossos, volumosos, prometendo uma leitura difícil – mas você não se desanima para ler, você praticamente os engole.

Enquanto True Blood cozinha no vapor e suor da locação de Loiusiana (todos exceto Anna Paquin, a quase Buffy e seu melhor amigo paracem um pouco frouxos), a saga Crepúsculo tem calafrios coberta pelas nuvens de chuva no estado de Washington, com suas luzes verdes e neblina umida. Uma “adolescente adulta” de um divórcio, Isabella Swan – todos a chamam de Bella – muda-se da opaca e grande Phoenix, Arizona, para morar com seu pai, um chefe de polícia que assiste muito esporte na TV ao invés de ter uma personalidade. No seu primeiro dia na escola, sempre algo difícil e contrangedor de se fazer, Bella se descobre alvo dos flashes, ocupando uma mesa na cafeteria, pronta para a chegada dos outros.

“Seus rostos, tão diferentes, tão parecidos, eram todos devastantemente, inumanamento lindos. Eram rostos que você não esperava ver, talvez a não ser nas páginas de uma revista de moda.” Talvez o mais bonito, entre todos é Edward, o vampiro futuro amor eterno de Bella, algo entre Rudolf Nureyev e Chris Isaak mais novos, cujas iris mudam de cor conforme seu humor. (“Ódio passou por seus olhos caramelo”). Possivelmente passando fio dental nos dentes depois de cada caçada (Edward, ecologicamente correto, só se alimenta de predadores de quarto patas sem risco de serem extintos), esse imortal misterioso é um sonho de todo dentista: ”Ele sorriu abertamente, mostrando dentes perfeitos, super brancos.” Que combinam com sua pele perfeita, super branca, a perfeição física de Edward é comparada como uma estátua de gelo, feita de leite congelado por Michelangelo e irradia com a luz, deixando a natureza para trás: “A clareira, tão espetacular para mim no começo, empalideceu perto de sua magnificencia.”

Edward oferece mais que esplendor na grama. Motorista e ginasta excelente, ele também toca e compoe piano, respostas emo a Chopin. “E então seus dedos fluíram rapidamente pelo marfim, e a sala se encheu de uma composição tão complexa, tão luxuriante, que era impossível acreditar que somente um par de mãos a tocava.” Nada de elegância para Bella (“Terminei o ultimo pedaço de lasanha, levantei o copo de tomei o resto do leite”), Bella lamenta a diferença entre a forma espectral dele e sua simplicidade. “Ele parecia um deus. Eu parecia muito comum, até mesmo para uma humana, quase vergonhosamente comum.” E mesmo assim, Edward é tomado pelo cheiro incrível de Bella (“Você cheira tão bem na chuva”) e deseja a companhia dela (“Eu gosto demais da sua companhia”), seus “labios frios e de marfim” vão em direção somente à sua ruga entre os olhos.

Comparado com o medievalismo do universo Buffy, o ordem de sociedade secreta na série Lestat de Anne Rice, e o erotismo de Anita Blake: Vampire Hunter (lobisomens podem ser compareiros de cama?), a saga Crepúsculo de Meyer pega leve no sangue e pesado na vida de colegial. “Minha quarta aula atrasou, e a mesa que eu sentava já estava cheia quando eu cheguei. Mike estava lá, Jessica e Angela, Conner, Tyler, Eric e Lauren. Katie Marshall, a ruiva no primeiro ano que morava na esquina da minha casa estava sentada ao lado de Eric, e Austin Marks – o irmão mais velho do garoto das motos – sentado ao lado dela.” Ainda bem que tivemos os lugares de todos descritos! Tirando os vampiros, a saga Crepúsculo é uma ficção para o publico juvenil, outra versão da clássica história sobre uma menina modesta (com uma personalidade forte que a diferencia das outras bobinhas e superficiais) que se enfeitiça pela ovelha negra, e depois de muita luta, derrete seu lado Rochester/Sr. Darcy. Aqui não está um homem que tem um secreto que o deixa vulnerável, mas um garoto lindo no meio da adolescencia, o que dá à saga um apelo gay. Tudo que uma garota pode querer em um só evelope, Edward é a resposta às orações das princesas – ama incondicionalmente, é extremamente protetor, carrega sua amada por grandes distancias em seus braços como um noivo entrando em casa depois da lua-de-mel. Durante o romance fica um pouco monótono Bella sempre suspirando com a pefeição de Edward, toda vez que ele aparece, fazendo com que o leitor passe por situações repetitivas como: “Edward parou na varanda sob a luz, paraecnedo um modelo em um anuncio de capas de chuva.”

Felizmente, o filme baseado em Crepúsculo afasta o monologo interior, já batido de Bella e o passo de contar e descrever as histórias de Meyer com uma só cena pelas florestas do Noroeste do Pacífico, a terra perdida do Twin Peaks, de David Lynch. As cores desaturadas criam bem rápido um clima de intenções disfarçadas, instintos escondidos. Dirigido por Catherine Hardwicke, cujo filme Aos Treze monstrou um sentimento íntimo por aqueles hormonios à solta e tensos, Crepúsculo é composto por olhares longos e tentativas de toques, deixando o sexo e paródias para True Blood (onde os vampiros saem dos caixões para exigir direitos de cidadãos) e fica com o romantismo extremo do primeiro amor. Assistindo, me fez sentir uma menininha de 14 anos de novo. Deixe-me refrasear isso. Ah, deixa pra lá. Mesmo com os protestos previsíveis dos fãs em alguns sites, os dois atores principais estão impecáveis. Kristen Stewart, que estava excelente no Into the Wild do Sean Penn, é bem bonita e digna de crédito, cautelosa e ainda assim nos deixa intrigados, mais simpática e mais possível de se identificar do que com os vampiros de The Hills e ou as meninas de Gossip Girl. E ela tem aquela coisa do lábio superior da Mary-Louise Parker, o que nunca é demais.

Se Kristen Stewart é a escolha perfeita para Bella, o Edward do filme melhora o do livro. Na saga, Edward é uma entidade superior que frequentemente ri (“‘Kriptonita não me incomada também’, ele riu”), ou esconde o riso (“Ele abafou o riso, sacudinmdo a cabeça”). E quem quer um vampiro que fica dando risada, não importa o quão poeticamente ele escuta Debussy? Uma escolha controversa de elenco, Robert Pattinson, conhecido pelo Harry Potter e o Cálice de Fogo, deve fazer os que ainda tem dpuvidas, reconsiderarem. Sua presença e interpretação, fazendo Edward com uma hesitação, perturbado e um humor rápido que sugere um ator sem frescuras. Quando o Edward de Pattinson chega no estacionamento do colégio, usando óculos escuros e colocando o braço envolta de Bella, ele é o adolescente problemático dos anos 50, que dirige carros rápidos e tem aquela rebeldia indiferente, encarnando o James Dean nos imortais, com um pouco de Dylanesque. (Na classe de biologia, a asa de uma coruja parace surgir dos ombros de Edward, marcando sua atração, como um anjo.) Juntos, Stewart e Pattinson parecem compartilhar a mesma imaginação e o mesmo efeito dos livros (a saga de vampiros jovens é de uma narrativa viciante), com Stewart recebendo a a dose mais forte, seus olhos brilhando quando ela se aproxima demais. Há talento entre seus olhares. Quantos anos você tem?, ela pergunta a Edward. “Dezessete.” Há quanto tempo tem 17 anos?, ela pressiona. Pausa. “Há algum tempo.” Mas e dái que Edward nasceu em 1901 – o importante é que ele se importa. Ameaçando a separar os dois (literalmente) está o vampiro de apetite insaciável e uma alegria selvagem, James (Cam Gigandet), pronto para jantar no pulso de Bella, como se ela fosse um suculento cordeiro. Ela é uma refeição boa, como Sarah Palin pode dizer, e ele é realmente doentio – mau, perverso, egoísta e imprudente, com uma camera de video nas mãos como uma pedra enquanto ele se prepara para tornar Bella seu sacrifício virgem com seus próprios pornôs de vampiros. (a mordida que ele deixa no pulso dela tem a forma de uma ferradura ensanguentada). É Edward que vai ao resgate, e uma das lições despropositais de Crepúsculo é que os EUA ficaram tão morimbundos que são os imortais que precisam ter o poder enquanto os vivos continuam com suas vidas óbvias. Eles tem mais vitalidade e claridade que os que respiram. O clã de vampiros em Crepúsculo tem até gosto especial em arquitetura – nada de covas para eles! Crepúsculo é o Castelo Brideshead dos que tem caninos pontudos e são jovens para sempre.


E o vídeo dos bastidores é esse:
 


 

E também tem esse com umas ceninhas mais PICANTES!!!!



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