12 de novembro de 2008

Revista EW: Kristen e Robert

As estrelas de Crepúsculo. Segredos do set, fotos exclusivas. Se o filme de vampiro estourar, o que será da vida deles? Eles estão preparados para a fama?

“Robert Pattinson  e Kristen Stewart interpretam o morto-vivo Edward e seu amor mortal Bella.”



                
LEGENDA DA CAPA KRISTEN: “Kristen Stewart: uma conversa franca com a amada mortal.”

LEGENDA DA CAPA ROBERT: “Robert Pattinson: Uma bizarra entrevista com o vampiro.”



INÍCIO : Disposto a tudo

O romance Crepúsculo cativou uma geração de garotas – e suas mães. O filme chega esse mês. Aqui temos uma espantosa entrevista com o vampiro, uma conversa franca com seu amor mortal – e por trás da história de trazer este fenômeno para as telas.

LEGENDA DA 1ª FOTO: (Kristen Stewart e Robert Pattinson fotografados em Los Angeles em 14 de Set. de 2008)

   

O VAMPIRO: Robert Pattinson

Menos de um ano atrás Robert Pattinson, um ator britânico conhecido apenas por sua pequena participação em Harry Potter e o Cálice de Fogo, foi escolhido para interpretar Edward, o chocante e belo vampiro no centro do bestseller de Stephenie Meyer, a saga de Twilight. Fãs se revoltaram imediatamente. Eles estavam furiosos pela escolha surpresa de um relativamente desconhecido para o elenco e que falharia para trazer a vida o imaculado semi deus das páginas com orelhas de seus livros. Nessa época a mãe de Pattinson disse a ele que leu em algum site que seu único filho era miserável e feio e que tinha a cara de um gárgula, e que a autora deveria se envergonhar desse deslize. “Eu me desculpei com Rob”, disse Meyer, “por arruinar sua vida”.

Mas as garotas tem um temperamento volátil. Não muito antes do universo Twilight – 17 milhões de leitores fanáticos do romance torturante entre Edward e a colega de escola mortal chamada Bella espalhados pelo mundo – adotaram o ator de 22 anos.

Crepúsculo não será um hit até 21 de Novembro (a reputação discutida da série como “o próximo Harry Potter” ganhou força quando o Enigma do Príncipe pulou para o próximo verão e Crepúsculo deslizou contente para sua antiga data de lançamento). Ainda, no mês de Julho, quando o elenco apareceu em uma grande coletiva de imprensa montada no festival Comic-Com, tudo que Pattinson teve que fazer foi sorrir ou se mover em sua cadeira para levar milhares de garotas enlouquecidas a gritarem até seus rostos ficarem vermelhos.

Após a coletiva, o chocado ator magoou alguns delicados corações quando comparou o som dos gritos da coletiva com algo que poderia ser ouvido quando entrasse “nos portões do inferno”. Fama, evidentemente, estaria virando costume. “Haverá um grupo de garotas que seguirá seus passos daqui em diante”, disse Meyer. “Eu perguntei ao produtor, ‘Robert está pronto pra isso? Vocês o prepararam? Ele esta pronto pra ser O Cara?’ Eu não acho realmente que ele está. Eu não acho que ele se vê dessa maneira. E eu acho que a transição vai ser um pouco difícil”.

Por isso – a primeira entrevista exaustiva da carreira do jovem Pattinson – o empresário do ator sugeriu que o próximo “O Cara de Hollywood” seria entrevistado no Hotel Chateau Marmont, em Los Angeles, após um lanche decente no elegante terraço.

Então em uma recente tarde, Pattinson, parecendo levemente surpreendido, vestindo jaqueta preta jeans de segunda mão, o que ele assume que foi de preferência de uma mulher gorda com camiseta de boliche, e um velho chinelo chinês com seus grandes pés saltando pra fora dele, colocou os pés magros sobre a frágil cadeira. Ele fala macio, encurvado sobre sua água. Mexendo no seu cabelo desgrenhado, ele tenta explicar por que Jack Nicholson é seu ator favorito, antes de admitir que ele se sente ridículo. “Por que estamos aqui?” ele se pergunta, olhando em volta para a platéia nervosa. “Sinto que estou sendo julgado!”

Depois de deixar o hotel – “Ok, vamos pensar, tudo é ostensivo e industrializado por aqui” – ele sugere um bar barato e underground em West Hollywood onde ele cantou e tocou em troca de algumas noites de passe livre. Pattinson que possui cada álbum de seus músicos favoritos, Van Morrison, que ele espera que grave um álbum logo. Ele sorri por parecer clichê o que ele acabou de dizer. “Todo ator que eu conheço aqui dizem que são bons músicos também”, ele diz. No caminho para o bar, ele se desculpa pelo estado do seu carro, um amassado BMW 1989 preto conversível que ele comprou recentemente por 2 mil dólares. O teto está quebrado, o painel velho que pegou fogo enquanto ele dirigia pela estrada está jogado no banco de trás com o resto da bagunça, e ele insiste que a luz vermelha piscando no painel novo é o alarme. “Se eu bater”, ele se defende com um risada travessa, depois de tirar uma fina de um Mercedes, “Não vão mencionar isso no artigo, vão?”.

No Rainbow Bar & Grill, onde as garçonetes parecem motoqueiras, com tatuagens nas costas e unhas pintadas, Pattinson pede uma cerveja Pacifico e descreve sua nova vida em Los Angeles. O estúdio se tornou seu apartamento temporário (do lado de fora do bar estão acampados alguns Twilighters ansiosos) onde as únicas coisas que ele mantém na geladeira são suco de pêssego Snapple e um freezer lotado de Hot Pockets de pepperoni. “Eu ainda me pergunto porque me sinto mal a maior parte do tempo!” ele diz com uma gargalhada. Pattinson fez poucos amigos na cidade, a maioria deles nessas baladinhas baratas. “Então, as únicas pessoas que eu me relaciono parecem ser os promoters e agentes”, ele diz. “Eu continuo sendo fotografado saindo desses clubes não convencionais. Isso é tão embaraçoso. Há uma semana tinho sido fotografado toda noite pelos paparazzis ou o TMZ e eu penso ‘OMG, eu pareço um completo alcoólatra!’”.

Pattinson tinha 17 anos, e freqüentava uma prestigiada escola particular em Londres, onde ele reservou parte do tempo ao personagem amaldiçoado Cedrico Diggory em Harry Potter. Depois do filme ser lançado em 2005, seu agente na Inglaterra queria convencê-lo a aceitar papéis similares a esse, mas eles não interessavam a Pattinson. Ao invés disso, ele encarou o desafio de interpretar um jovem nos estúdios de produção londrina do filme alemão “The Woman Before”. “Na época eu realmente pensei, ‘Nossa, isso deve ser legal. Sou como o fera do Brando!’”, ele disse. “Eu tinha essa idéia fixa onde ‘Serei um excêntrico, é assim que vou me promover’. E então é claro que eu acabei queimado”.

Se seguiram alguns anos estranhos onde Pattinson viveu do contra-cheque de Harry Potter, se dividindo em participações pequenas em filmes pequenos e na TV. Em Dezembro, durante 2 semanas de audições em Hollywood, ele fez um teste para o papel de Edward. Um vampiro adolescente rico, perfeito e magnífico do jeito que os garotos de 17 anos raramente são – e que se apaixona não pela líder de torcida, mas pela garota tímida e nova na cidade. “Eu li o livro e gostei, mas me deixou realmente desconfortável em tentar me imaginar no papel,” ele disse. “Aqui temos um cara que parece ser a personificação do perfeito cara solteiro. Ok, eu vou parecer um completo idiota se eu simplesmente tentar fazer isso – como se fosse meio Fonz, meio George Clooney. Só de pensar nisso eu me contorcia em risos histéricos. Mas então eu fiz isso com Kristen e foi completamente diferente. Nós temos essa química que simplesmente funcionou”.

Meyer, que tinha uma pilha de currículos de milhares de atores que queriam esse papel, disse a produção que queria alguém bonito mas ao mesmo tempo assustador. “O único cara que as meninas diziam querer era Tom Welling de Smallville. Ele é lindo! Mas você poderia sequer se imaginar tendo medo dele? Nós não tínhamos uma boa opção até Rob aparecer. E o filme está todo sobre os ombros dele.”

Dois meses após iniciadas as filmagens, Pattinson foi sozinho até Oregon, onde o elenco e os outros deveriam eventualmente conhecê-lo. Ele se concentrou no script de Midnight Sun, a versão inacabada de Meyer que é narrada pela perspectiva de Edward, determinado a se aprofundar o mais fundo que pudesse no significado de cada linha. No livro Edward é descrito como musculoso e definido, então ele passou muitas horas na academia, puxando peso numa velocidade alarmante. “Então 3 semanas antes das gravações os produtores estavam tipo “Como você está se saindo? Você parece um alien!’”, ele ri. “Oh, bem, eu achei que fosse uma boa idéia”.

A idéia de Pattinson para interpretar Edward como um maníaco depressivo também deixou as pessoas nervosas.

Os produtores tinham que marcar com ele no set todas as passagens do livro em que Edward sorria. “Era como, “Argh! Eu tenho que sorrir nesse ponto’. Ou todos ficavam assim, ‘Bem, vamos tentar fazer isso um pouco mais divertido!’ Mas não era engraçado. Eu tentava fazer isso, o quanto fosse possível, como um garoto de 17 anos que tem esse purgatório instalado nele. Eu só pensava, ‘Como eu faria essa cena se não fosse a adaptação de um livro adolescente?’ “.

A diretora Catherine Hardwicke percebeu que sua estrela estava se torturando. “Então eu fiz algo – ‘Rob, vamos tentar ensaiar a cena de todos os modos sem choramingar e criticar’. Nós fazíamos 2 tomadas, e então ele dizia, ‘Não, não, não, não está funcionando!’”

Stewart ri quando lembra da confusão interna de Pattinson. “Rob pirou durante toda a filmagem, e eu só parava e dava um tapinha nas costas dele pra afastar as neuroses”, ela diz afetuosamente, e pausa. “Ele poderia me dar um soco na cara se me ouvisse agora”.

A química de Pattinson e Stewart nas telas é crucial pro sucesso do filme, então o ator pode ser perdoado se ele estivesse atraído por sua co-estrela quando as câmeras não estivessem gravando.

“No começo eu pensei comigo mesmo, ‘Se ela é tão séria, eu tenho que ser muito sério’”, ele disse. “Eu não  falei por quase 2 meses então eu parecia realmente intenso. Eu poderia somente falar do filme. E eu continuo recomendando todos os livros. Mas não funcionou, de qualquer forma. Então eu comecei a me desinteressar e meu personagem começou a desmoronar. Eu me sentia um idiota por segui-la por toda a parte, dizendo, “Você devia ler algo como Zola – e há um filme fantástico Truffaut’. E ela começou a me questionar: ‘Você realmente assistiu esses filmes? Jura? Sobre o que são?’ ‘É sobre um cara num trem’. ‘Você só olhou na foto da capa do DVD?!’”

Em mais de uma ocasião, Pattinson estava em cima de Stewart pedindo a ela que se casasse com ele – propostas que a atriz, que tem o mesmo namorado desde os 16 anos, costumava dar de ombros.

Se as filmagens já foram complexas pra ele, Pattinson está determinado a não pirar com os rigores de ter que promover uma possível franquia. “Eu fui enviado pra treinos de mídia e meu agente me mandava mensagens como, ‘Ele está se opondo aos treinos de mídia’”, ele diz com uma divertida encolhida de ombros.

Antes do evento Comic Com, o elenco tinha recebido respostas prontas, mas Pattinson se recusou a seguir o script.

“Mesmo as crianças não querem te ouvir dizer as mesmas coisas”, ele insiste. “É chato! Eu estive pensando muito na minha carreira mais pra frente, ao invés de só extrair uma coisa do que quer que esteja dando certo. Você tem que estar fora do livro no começo ou ficar dentro dele pra sempre. E eu nunca quis chegar ao ponto de estar no livro”. Ele ri e chama a garçonete para mais uma rodada de cervejas. “Presta atenção, apenas. Eu serei completamente destruído”.

Enquanto Pattinson está presente para qualquer seqüência de Twilight, ele também está tentando tirar vantagem no novo interesse de Hollywood por sua carreira. “É engraçado o quão rápido tudo muda”, diz Pattinson. “Literalmente, o trailer saiu e as pessoas que me conheciam, tipo que me viram poucas vezes diziam, ‘Hey! É muito bom conhecer você’. Depois de um bom período de desemprego, você pensa, ‘Ok, Eu não vou estragar tudo de novo’. Então não importa que entrevista tenha agora, mesmo se for pra um filme idiota, mesmo que eu não queira fazer, eu irei para a entrevista e farei o papel mais complicado que eu puder imaginar”.

Pattinson será Salvador Dali no filme independente de 2009 Little Ashes, e está para interpretar o neto de Dennis Hopper no filme indie-drama ainda sem data definida Parts Per Billion do escritor-diretor Brian Horiuchi.

Ele está filtrando alguns papéis importantes, entretido em se imaginar no mesmo patamar de estrelas como Shia LaBeouf para um papel em um filme de época no estilo de Gladiador.

E está louco pela chance de interpretar Jeff Buckley no filme-biográfico, apesar de imaginar que o maior filme que ele já tenha feito seria como sósia do cantor James Franco. É difícil para um garoto a beira do estrelato responder só o que ele quiser pela fama repentina.

Apesar de sua aparência atual nas duas franquias loucamente populares, Pattinson diz que não está interessado em agarrar papéis de grandes e caras produções. Logo que ele pega o dinheiro, ele costuma torrar tudo. “Não em carros, obviamente”, ele debocha. “Eu tenho despesas muito, muito altas, mas eu continuo controlando como gastar tudo. Eu acho que Hot Pockets são mais caros do que eu pensei”. Ele pede outra cerveja e faz careta para o celular tocando antes de colocá-lo de volta no bolso sem atender. (Era o agente de Pattinson lembrando que ele tinha que ler o script do drama Sarajevo e não se atrasar para a reunião com o diretor de elenco que ele ia) “Minha única resposta, pra ser honesto, é ‘Eu não queria estar completamente ferrado depois disso,’” ele diz. “Eu não quero ser um idiota, mas essa sempre é uma possibilidade”.

Quando Pattinson estava gravando Harry Potter, ele escrevia obsessivamente em um diário que ele carregava pra todo lado. “Era meu diário, mas isso se tornou mais, mais e mais sobre os pedidos para Fates: ‘Eu farei isso se você me der isso’, Isso soa absolutamente ridículo, mas eu tinha tanta fé nesse pequeno livro. Eu me lembro que escrevi uma vez, ‘Por favor, não me dê toda a sorte agora. Faça isso longamente. Faça isso durar por 70 anos’. E agora com Twilight – é muita sorte estar nisso, e eu sou tão sortudo por ter toda essa atenção, e se isso for um sucesso, então já será muita sorte. Talvez eu esteja só esperando pelo ponto em que eu perceba que a sorte acabou”. Ele sorri com tristeza, e passa a mão pelo seu cabelo bagunçado cor de bronze que o estúdio o proibiu de cortar. É a marca de Edward, e ele está preso a ele agora.

  


AMOR IMORTAL: (sentido horário da esquerda) Pattinson com Peter Facinelli como Carlisle Cullen; e com Stewart; Kellan Lutz como Emmett Cullen.

TRAZENDO O MORTO-VIVO Á VIDAO filme é fiel ao livro? Será um grande hit? Algum homem irá assistir? Eles farão uma seqüência? O que Stephenie Meyer pensa a respeito disso? Nós temos todas as repostas.

A última coisa que os produtores de cinema querem ouvir é que esse filme será o próximo Harry Potter. Claro, ele ocupa a data de estréia que foi do menino bruxo. Mas enquanto a série de 7 livros de Harry Potter vendeu 400 milhões de cópias e gerou 4.5 bilhões de dólares ao redor do mundo para o caixa do filme, Twilight está arrebatando uma base de fãs pelo globo que já adquiriu 17 milhões de livros. “Nós não temos nem 5% das vendas de Harry Potter. Nós não chegamos aos pés disso”, disse a diretora Catherine Hardwicke. “O nosso é um filme de personagens, um pouco mais sofisticado que Romeu e Julieta”.

Mas Twilight parece ser nada mais do que uma tragédia para a Summit Entertainment, o estúdio por trás do filme. Na história de 18 meses da companhia, ela lançou 5 filmes, e nenhum deles ultrapassou 25 milhões de dólares em ganhos; alguns, como Sex Drive, podem ser um fracasso total. Twilight – uma possível franquia de 4 filmes – poderia transformar a Summit em uma companhia de verdade. Pra tornar isso grande, aliás, o romance vampiro precisa atrair para os cinemas uma legião de fãs da série. Os adolescentes (meninos) são um alvo óbvio, e Hardwicke recheou o filme com cenas de luta que desafiam a gravidade.

“Há cenas de ação no livro, e como diretora você tem que fazer tudo mais cinematográfico”, ela disse.

Logo, seguindo as sugestões para o filme para os meninos que gostam dos Cullen tanto quanto as meninas gostam.

Isso deveria ajudar Twilight a arrecadar pelo menos 20 milhões na semana de estréia – o número que o estúdio provavelmente precisa para cobrir as contas internas. E que é necessário pra aprovar a seqüência, Lua Nova, uma outra história. Summit não quer falar sobre, mas a estimativa de Hardwicke para Twilight é que precisem obter 150 milhões para o estúdio aprovar uma seqüência, que vai requerer uns extensos efeitos especiais e locações.

“Esse tem que ser um hit absurdo”, ela disse. “Ninguém pode dizer que isso pode acontecer agora.”

Com exceção, talvez, de Stephenie Meyer. A autora ama o filme, apesar de que teve desentendimentos com Hardwicke. “Na maioria das vezes eu me intrometo no script”, ela diz. “Sabe a parte ‘E o leão de apaixonou pelo cordeiro’? É uma parte um pouco malfeita, eu tenho que dizer. Eles mudaram a expressão nela, pra minimizar um pouco. E eu disse, ‘Eu queria mesmo saber como vocês mudaram isso, pois essa parte esta tatuada no tornozelo das pessoas. Eu acho que vocês terão problemas se não fizerem isso exatamente do jeito certo.’ E eles me ouviram – e se salvaram do escândalo que seria para as pessoas que conhecem o livro”.

Depois de ver a primeira edição a autora se deu conta de que o a cena do vaporoso beijo entre Edward e Bella era quente demais para um início de relação. “Vocês não terão mais nada pra fazer se a série continuar”, Meyer disse a Hardwicke, que cortou a cena sexy em troca de closes mais pudicos.

“De um jeito estranho eu acho que desse jeito é melhor”, disse Hardwicke. “É menos como nos outros filmes”.

Mesmo que eles estejam nervosos em admitir isso em público, Summit acha que eles têm um sucesso nas mãos. Eles já garantiram a roteirista Melissa Rosenberg para trabalhar na seqüência. Esperamos pra ver nascer uma Lua Nova.





A GAROTA DO COLÉGIO: KRISTEN STEWART

Ela começa com uma negação. “Eu geralmente não me pareço com uma prostituta”, Kristen Stewart diz, tirando sujeira das 10 unhas das mãos. Logo após ter estrelado uma inocente, e apaixonada Bella Swan em Twilight, a atriz de 18 anos – mais conhecida como a hippie no filme Natureza Selvagem com Sean Penn – está atrás de um papel num filme bem diferente no momento, do que de uma jovem stripper. Ela tem passado um tempo em um clube de strip na French Quarter em Nova Orleans chamado Dixie Divas, participando do show e aprendendo a girar na barra de poledance, apesar de não ter tirado muitas peças de roupa. “Eu dancei lá no bar 3 noites essa semana, e minhas pernas estão cobertas de manchas roxas”. Stewart diz orgulhosa. “Pelo menos os fãs de Twilight não vão se assustar totalmente”.

Stewart tem todas as razões pra estar preocupada. Desde que o bestseller de Stephenie Meyer de um romance sobrenatural gerou uma  nação de Twilighters, milhões de garotas (e suas mães) tem seguido a trajetória do primeiro livro em direção as telas. Escalar a garota da escola foi tão arriscado quanto escalar o vampiro. Felizmente, a diretora Catherine Hadwicke estava perfeitamente satisfeita quando ela apontou para Stewart  interpretar Bella, uma tímida, mortal, normal de 17 anos. O agente da atriz, é claro, estava dando pulinhos quando ouviu a novidade. Stewart mesmo não estava muito certa de como se sentia em estar no centro do tsunami. Ela ainda não está. “É surreal ser parte crucial de uma máquina como essa”, disse Stewart, depois de um Po’Boy (um sanduíche tradicional do estado da Louisiana que serve frutos do mar fritos em um pão-baguete). “Eu sou um tipo de canal. O livro é a causa da obsessão das garotas (por Edward). Se eu não estivesse certa, eu seria perseguida e pregada numa cruz.”

Não exatamente o entusiasmo ofegante você deve esperar de uma jovem atriz em um tipo de grande e pretensioso fenômeno do cinema que poderia levá-la a lista ‘A’ das jovens atrizes de Hollywood. Stewart é Kate Winslet na refilmagem de Titanic ou, muito menos, Shia LaBeouf antes de Transformers.

Mas de novo, ela não está muito atraída pela badalação. “Eu não quero fazer algo grande só por que é um “fazedor de dinheiro”, diz a atriz, que trabalhou constantemente por quase uma década mas não tinha aparecido em um hit genuíno desde seu papel de estréia, aos 11 anos, como a filha de Jodie Foster em Quarto do Pânico.

Ao contrário, ela adquiriu prestigio e credibilidade trabalhando com um grupo de diretores top como Mike Figgis (Cold Creek Manor), Jon Favreau (Zathura), e Doug Liman (Jumper), entre outros.

Ela também alcançou um sucesso modesto ano passado com seu ultimo filme Mensageiros. “Eu só quero ter certeza de que Twilight alcance tanta atenção como tem recebido,” diz Stewart. “Todos dizem que esse filme é um grande negócio. Mas eu odeio quando as pessoas comemoram antes de ter algo pra comemorar”.

Stewart diz que foi atraída para o papel de Twilight não por causa da enorme popularidade dos livros – “Eu imaginei que fosse um pequeno filme cult de vampiros com uma base de fãs em construção” – mas por que ela amou a idéia de interpretar uma adolescente que experimentava uma atração animal pela primeira vez.

“O que eu amei sobre a história é que é sobre uma garota muito lógica, pragmática que você pensa que nunca se meteria com algo que tivesse esses poderes bizarros.”

Depois de ser escalada, Stewart representou uma cena de amor crucial na cama de Hardwicke com os 4 principais concorrentes a vaga de Edward, incluindo Robert Pattinson.

“Catherine gostou de alguns garotos, e eu disse: ‘Você está brincando? Eu não posso fazer o filme a menos que o Robert faça,’”, Stewart diz. “Ele pegou a coisa, e nós meio que nos identificamos”.

E como disse Hardwicke, “Ela teria me estrangulado se eu não o escolhesse”.

Durante as filmagens, o casal acabou levando mesmo os personagens – e eles mesmos – um pouco a sério demais. Eles passaram horas analisando o texto e o que significava ser um vampiro, e o que significava estar apaixonado por um. O resultado: o tempo todo ansiosos, ambos nas telas e fora dela. Em determinado ponto, o pessoal do estúdio começou a se preocupar de que eles estivessem confundindo um conto de romance adolescente com algum filme de Bergman.

“Nós estávamos tipo, ‘Nós faremos isso real’, e o estúdio dizia, ‘Mas isso é diversão. Relaxem!’” diz Stewart, que começou a enlouquecer pelo estúdio.

“Você sabe o que terá quando contrata atores que não são crianças da Disney! Nós vamos realmente considerar os personagens, e não só sorrir em nossas marcações, e esperar que estejamos no foco”.

Stewart, que tinha apenas 17 anos quando começaram as gravações, estava inflexível sobre o que era permitido a sua personagem fazer e dizer.

“Tivemos que reescrever e improvisar muitas cenas mais intensas, porque Kristen não diz algo se ela não se sente bem com isso,” recorda Hardwicke.

“Kristen é muito rígida e ela não tolera teimosia—”. Stewart só acha que está fazendo seu trabalho. “Eu tenho algumas das falas mais bregas que eu já tive nesse filme”, diz a atriz, que estava lamentando em voz baixa algumas das frases mais importantes de “Eu morreria por você!” amor. “Nos sentimos tão envergonhados dizendo isso. Catherine dizia, ‘Apenas sinta e diga o que vier’”.

Tudo isso pode soar um pouco arrogante pra alguns, mas depois de passar um tempo com Stewart, ela parece mais como um espírito genuinamente rebelde procurando fazer um bom trabalho. Mesmo agora, que Twilight ameaça colocá-la no topo cinematográfico, ela não tem aquela curiosidade sobre o que a fama vai fazer com ela. Ela prefere traçar seu próprio caminho. “Olhe o que eu estou fazendo aqui em Nova Orleans,” ela diz. Interpretando uma stripper em um filme que nem tem ainda divulgação. “Eu disse ao meu agente, ‘Eu não vou fazer um filme grande depois de Twilight’”. Por que ela tem aquele tipo de confiança improvisada, é fácil esquecer que Stewart mal tem idade suficiente pra votar. Ela tem uma calma assustadora pra quem está a ponto de experimentar uma alta dose de fama repentina. “Por nenhuma razão,” ela diz dando de ombros, “Eu sinto como se isso não fosse um problema”.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Páginas